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30 dezembro 2014

Pop Up

Pra fechar o ano, os trabalhos com pop up que eu desenvolvi nesse período.
Abaixo vocês podem conferir o resultado:





Depois, com mais calma, eu descrevo o processo :)

16 novembro 2014

Gravurando

Comecei a praticar a gravura em metal, e abaixo vocês podem ver o resultado de impressão da minha primeiríssima gravura, que vai compor uma série de quatro. Usei as técnicas de água-forte, água tinta e ponta seca, e o metal é latão. 

Fazer gravura me lembra bastante dos tempos de fotografia analógica, porque temos que lidar com tempos de "revelação" das chapas. No mais, estou gostando bastante :)




27 outubro 2014

Bic no sketchbook

São desenhos que eu fiz sem muito compromisso, direto de bic sobre o sketchbook. 
Gosto da bic porque ela não dá margem pra erros (e principalmente porque cabe em qualquer bolso).
Estou pensando em fazer umas gravuras baseadas nesses desenhos, mas vamos ver :)



22 setembro 2014

03 junho 2014

Taíssa na Time Out Porto!

A Time Out Porto é uma revista que se apresenta como um guia de cultura e lazer, com dicas sobre acontecimentos artísticos e culturais, novas tendências, lojas e lugares de interesse e destaque na cidade do Porto. Nesse mês, ela veio às bancas com um artigo sobre o trabalho que a minha turma de Ilustração I fez, que consistia em criar uma capa para duas edições desta revista Portuense. O meu trabalho foi um dos escolhidos para ilustrar a matéria! É uma honra! :')



02 junho 2014

Cartão postal do Porto

Duas aquarelas que fiz para serem aplicadas em cartões postais! 

As paisagens utilizadas são vistas da cidade do Porto, mas os protagonistas da composição são os pássaros daqui. 

A primeira coisa que me chamou a atenção quando cheguei no Porto foram as gaivotas e pavões que dividem o espaço cotidiano com o povo portuense – aves exóticas perto dos pombos da minha cidade natal, o Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro eu nem sei onde tem gaivota; os pavões (do zoológico) são poucos e parecem cansados da vida de cidade grande. No Porto, eles andam livremente: podemos chegar tão perto de um pavão que é capaz dele nos acertar com aquele rabo descomunal sem querer. Dessa forma, por mais que os habitantes locais do Porto achem que esses animais já tenham se misturado à paisagem, para mim eles saltam ao olhar, e são de uma beleza sem igual. 

"Na minha cidade, tal como em Lisboa
há gaivotas e maresiamas não há cacilheiros no rio
há rabelos
transportando nectar e almas...
Da minha cidade nasce o Norte
alcantilado, insubmisso
e o sol, quando chega, penetra-a
delicadamente, carinhosamente,
depois de vencido o nevoeiro..."

"A minha cidade não se chama Lisboa,
não tem cheiro a sul
e nem por ela passa o Tejo,
mas como ela, tem Nascentes
leitosos e marmóreos...
Na minha cidade os Poentes são de ouro
sobre o Douro e o mar
e só ela tem a luz do entardecer
a enfeitar o granito..."

Trechos retirados da poesia "A minha cidade", de Maria Mamede

__

Para a escolha das paisagens, optei pelos dois lugares mais belos do porto, na minha opinião: a paisagem da Ribeira, a partir de Gaia e a vista do Douro a partir do Palácio de Cristal:

ps: as fotos fui eu que tirei! :)

Para a estética do trabalho usei como referência o trabalho do aquarelista portuense António Cruz, vale o clique. Ele trazia em seus trabalhos a névoa característica da paisagem do Porto.




16 maio 2014

Ilustração para rótulos de vinho e chá

Mais um trabalho que eu adorei fazer na Universidade do Porto. O exercício consistia em fazer duas ilustrações, uma para rótulo de vinho, outra para rótulos de chá, explorando a retórica informativa e poética – numa o conceito deveria estar relacionado directamente com o produto/região/outro e na outra se estabeleça uma relação poética, isto é, uma narrativa não literal.

Este exercício foi feito na aula de ilustração 2, do professor (e também ilustrador de contos infantis) António Modesto. Abaixo vocês podem conferir o resultado final, no final da postagem vocês poderão ver o passo a passo para estes dois trabalhos :)






Rótulo com abordagem literal
catarina

Na elaboração do rótulo para o Chá Verde Catarina, quis fazer uma homenagem à Portugal, devido à sua grande importância na história do Chá, ainda por muitos
desconhecida: este país, além de ter sido o primeiro da Europa a importar o chá do oriente, foi também o primeiro país europeu a produzir chá (no caso, o verde).

Chá verde: a opção por chá verde deu-se por conta da tradição no cultivo deste tipo de chá em Portugal.

Estética: optei por utilizar grafismos que remetessem a adornos comuns na porcelana clássica portuguesa. A figura central é a Rainha Portuguesa Catarina de Bragança, a quem é atribuída a criação o hábito do chá das 5.









Rótulo com abordagem poética
bastardo

Bastardo é um vinho do Douro. A escolha do nome deu-se após uma pesquisa por castas de vinhas comuns à região, com a escolha por "bastardo", um nome forte e sonoro.

Estética: optei por utilizar traços mais espontâneos, dinâmicos e que trouxessem um caráter irreverente. Quanto a técnica, optei por usar a serigrafia, por ser uma edição especial da marca.

Os cães: A escolha pelos cães para a imagem da marca foi motivada pelos seguintes fatores: - procurando o significado da palavra Bastardo, percebi que alguns de seus sinônimos populares eram "vira-lata". imediatamente fazendo referência aos cães. Popularmente conhecidos como os "melhores amigos do homem" a sua adoção como imagem seria uma maneira de aproximar o cliente da marca.

07 maio 2014

A curiosidade e os contos de fadas

Esta série de contos fantásticos é constituída pelas obras: Cachinhos dourados, a bela adormecida, e A leste do Sol e a Oeste da Lua. Todas protagonizada por mulheres, as tramas são desenvolvidas a partir da curiosidade humana. 

A curiosidade pode nos levar a lugares extraordinários, mas devemos estar cientes da exposição aos maiores perigos do caminho que ela pode trazer. Estes três contos mostram as maneiras diferentes como estas protagonistas, levadas à situações de perigo por causa da curiosidade, tiveram que desenvolver suas histórias — seja fugindo, esperando por um salvador ou atravessando reinos para reconquistar o que foi perdido. 

Este projeto foi muito importante para mim, pois marcou os primeiros passos e toda a minha evolução como ilustradora e contadora de histórias. Abaixo vocês poderão saber um pouco mais sobre cada uma das histórias:

A Leste do Sol e a Oeste da Lua (2013)



O conto, pouco conhecido mundialmente, narra a história de uma camponesa em busca do príncipe que fora aprisionado em um castelo a Leste do Sol e a Oeste da Lua – seu verdadeiro amor, como eu já contei aqui. É um conto peculiar, pois mostra a mulher em uma posição não muito comum em contos de fadas: aqui, ela é a heroína que vai salvar o príncipe em apuros.


Nesta ilustração à esquerda, a primeira da série, o Urso branco acaba de pedir a mão da menina em casamento, em troca de riqueza e conforto para a sua humilde família. A menina aceita, pensando no bem estar da família, e segue no lombo do animal até o castelo em que mora. Mais tarde, movida por sua curiosidade, ela descobre que o enorme urso é, na verdade, o mais belo príncipe que ela já vira. Porém, no momento em que ela vê a real face de seu noivo, o encantamento que estava sobre ele é quebrado e ele se vê obrigado a voltar para um castelo que fica a leste do Sol e a Oeste da Lua. Lá, ele deveria se casar com a princesa do lugar. A jovem camponesa fica desolada e resolve ir atrás de seu amado, custe o que custar.

Ela então anda longas distâncias e pede ajuda à quatro sábias da floresta e depois os quatro ventos, até que finalmente consegue chegar ao seu destino. A ilustração abaixo é logo o momento em que ela avista, ao longe, o castelo a leste do Sol e a Oeste da Lua:
Você pode achar mais postagens relacionadas a este conto através da tag A leste do Sol e a Oeste da Lua

05 maio 2014

Caderno de estudos: Desenhos do Corpo

Aproveitei a brecha no horário e puxei mais uma matéria na Universidade do Porto, para além das duas que eu deveria cursar. "Desenhos do corpo" tem uma ementa mais voltada para a estrutura e a anatomia do corpo humano, e é o que eu estava buscando aprimorar em meus estudos. Vejam abaixo alguns sketches tirados do meu caderno :)









01 maio 2014

Coppélia


No último semestre de 2013 tive o prazer de ilustrar o conto Coppélia, um trabalho fruto de duas paixões: a dança e o desenho. Foi um projeto para a matéria de Ilustração da Escola de Belas Artes da UFRJ, sob orientação do professor Salmo Dansa.

Na história um rapaz chamado Franz se apaixona por Coppélia, a moça nova na cidade, sem saber que ela é uma boneca. Ao perceber a ameaça, Swanilda, sua noiva, faz de tudo para separar o casal e reconquistar seu amado. Enquanto isso, Dr. Coppélius, o criador da boneca e dono de uma incrível loja de brinquedos procura a qualquer custo uma maneira de dar vida à sua querida Coppélia. 

Confiram abaixo algumas das artes finais do livro, já com o texto aplicado digitalmente. No final da postagem, ainda, vocês poderão conferir a conceituação e o making-of do livro. :)










30 abril 2014

Bologna Children's Book Fair 2014

Conhecido como o maior evento inteiramente voltado para a literatura infanto-juvenil do mundo, a Feira de Bologna acontece todo ano desde 1964, e é o lugar com a maior concentração de figuras lendárias no mundo da ilustração, literatura e edição de livros infantis por metro quadrado. Além disso, há uma exposição sensacional e várias mesas redondas inspiradoras distribuídas numa programação de quatro dias. Um sonho para qualquer um que já fez livros para crianças.


Para quem não mora no velho continente, a visita a Bolonha acaba ficando no campo das vontades, afinal, há a complicação de atravessar um oceano. Tudo tem que ser muito bem planejado para que se tenha um bom proveito, e o viajante tem que ter a certeza que era a hora certa para ir. Por esse motivo, enquanto muitos brasileiros nunca nem foram na feira, os europeus já "perderam a conta" de quantas vezes foram a Bologna: para eles, é como fazer uma viagem entre Rio de Janeiro e São Paulo.

E é aí que eu entro: eu já estava do outro lado da poça desde fevereiro, completando meus estudos em Design (ilustração, né? Vamos ser francos) em Portugal. Eu não sabia se era a hora certa e muito menos havia planejado alguma coisa até dois meses antes da feira, mas com a Itália ali, do ladinho, ir à Bolonha não era mais uma vontade, mas sim uma obrigação.

Coincidência ou não, 2014 foi o ano do Brasil ser o país homenageado no evento e, para mim, foi como ir pela primeira vez numa copa do Mundo e ver seu time sair campeão – literalmente, pois essa edição ainda contou com a gloriosa vitória do Roger Mello, o primeiro ilustrador brasileiro a ganhar o prêmio Hans Christian Andersen... Mas isso eu explico mais abaixo. Vamos por partes:





29 abril 2014

Ilustração para capa da revista "Time Out Porto"





Mais um projeto realizado durante a minha estadia no Porto! Este foi para a matéria de Ilustração, do professor Júlio Dolbeth. A proposta era fazer duas capas de revista, utilizando como base duas matérias da Time Out Porto: "Cozido à Portuguesa – nosso top 10" e "Os 30 melhores museus do Porto e arredores".

A Time Out é uma revista que está presente em diversas metrópoles mundiais, e seu conteúdo é voltado para a cultura da própria cidade em questão, incluindo gastronomia, entretenimento, compras, etc. Sua primeira edição, a Time out London, data de 1968. No Porto, ela teve sua primeira tiragem em Abril de 2010.

O professor acompanhou todo o processo, estimulando o questionamento acerca de diversas questões, entre elas: as formas de trabalhar a composição dos elementos para tornar a capa de revista atrativa ao leitor, a adequação da imagem em relação às expectativas do público alvo, e o próprio diálogo com o tema, ou seja, se conseguimos passar a mensagem pretendida.

O maior desafio nesse trabalho foi pensar em uma ilustração adequada para notícias portuguesas, em uma revista para portugueses. Fatalmente o público alvo domina mais o assunto do que eu, uma brasileira residente em Portugal há menos de cinco meses, então não adiantaria eu tentar me aventurar na representação de elementos que não me fossem familiares. Assim, optei por desenvolver o tema utilizando recursos que eu tivesse um prévio conhecimento, e pudessem fazer referência à proposta.





24 março 2014

Portfolio 2014

Vejam aqui a versão completa do portfolio que eu levei para a Feira de Bologna 2014 :)

18 março 2014

Cinco representações de um único objeto

Um jeito bem legal de exercitar a criatividade :) 
Basta pegar um objeto que esteja presente no seu cotidiano e representá-lo de várias formas diferentes: uma realista, descritiva, outra demonstrando a sua funcionalidade sem inserir o objeto em si na imagem, uma humanizada e outra simbólica. Fiz esse exercício em uma aula na faculdade: Tínhamos cerca de seis horas para conceber e finalizar todos os desenhos, para simular o ritmo de trabalho real, e a única exigência era que devia ser feito em lápis de cor. 


Descritivo - sem representar o objeto
(clique aqui para ver o passo a passo deste desenho!)




Realista




Humanizado




 Descritivo




Simbólico

"Como seria o mundo sem a carteira?"






17 março 2014

Quebrando o porquinho

Aqui vai o passo a passo de um desenho que eu fiz para um exercício na faculdade. Devíamos pegar um objeto na bolsa, e representá-lo de várias formas diferente: uma realista, outra descrevendo como ele funciona, outra demonstrando a sua funcionalidade sem inserir o objeto em si na imagem, uma humanizada e outra simbólica. Tínhamos cerca de três horas para conceber e finalizar o desenho, para simular o ritmo de trabalho real, e a única exigência era que devia ser feito em lápis de cor. (Vocês podem ver todos os desenhos para este exercício aqui)

O objeto que eu escolhi foi a minha carteira, e este era o desenho descritivo sem o objeto. Eu deveria representar a essência da carteira sem representá-la, então procurei uma maneira demonstrar o ato de comprar algo. Tentei em pensar em "veículos" de compra: cartões, cheques, caixas regristradoras... mas todos eles puramente o ato de comprar, e o que eu queria era algo que representasse o outro lado, também: o da poupança. Por mais que a carteira seja um instrumento de compra, é nela que guardamos o dinheiro. E foi no clássico cofre de porquinho que eu encontrei o caminho a seguir para esta ilustração.





// composição

Procurei dispor os elementos na minha composição de forma a passar a mensagem que eu queria: a de que o menino abriu sua "poupança" para comprar um sorvete, sem confusão. Estabeleci um caminho visual, então, que vai do porquinho quebrado, até o menino pedindo o sorvete com o dinheiro, e a atendente interessada no lucro que vai ter com a venda. 

Eu não precisaria representar o rosto do menino pois as suas mãos e a expressividade do corpo já passavam a mensagem: a mão apoiada no carrinho de sorvete, perto de onde estão os montinhos de moedas, movimento que tem como sequencia a outra mão, apontando para o seu objeto de desejo. A cabeça, deslocada para a direita, como que para chamar a atenção da atendente virada de lado e recostada em uma posição relaxada. Esta, por sua vez, provavelmente tinha acabado de reparar o pequeno garoto que ali estava... e com isso ficou felizmente surpresa com a quantia que ele estava disposto a desembolsar. A posição tanto do porquinho quanto da moça olhando para o menininho faz com que o leitor não saia de dentro da composição neste percurso que vai de um a outro.


// o processo

Gosto sempre de começar pintando o plano de fundo, e por último os primeiros planos. Dessa forma, garanto que a definição dos planos mais destacados e dos personagens não seja prejudicada pelas demãos de lápis de cor. 








Uma das coisas mais interessantes na arte é que nem sempre você sabe qual rumo o seu trabalho vai levar. Este aqui é um bom caso desses! Comecei projetando o desenho de forma que o vendedor de sorvete fosse homem, mas acabei por optando em transformá-lo em uma mulher. 






// cores


Adoro usar a cores pra contar um pouco da história em meus trabalhos. Aqui, usei os destaques em amarelo naquilo que tinha a maior importância narrativa: o dinheiro, o menino e o sorvete. Escolhi de cara o vermelho pro carrinho de sorvete: ele deveria chamar atenção, era o motivo do desenho! Já os tons frios tanto na roupa da moça, quanto no carrinho e na blusa do menino foram pra manter o equilíbrio cromático entre as cores quentes e frias. E voilá! :




E aí, o que acharam? :)